sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Livro discute a territorialização religiosa em Santo Antônio da Platina

Do site Unioeste


06/08/2024 |  O geógrafo Evandro Del Negro da Silva lança o seu livro intitulado “Territorialização Religiosa: o caso de Santo Antônio da Platina”, fruto de sua pesquisa de mestrado desenvolvida no programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGeo) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Marechal Cândido Rondon. Construída sob a orientação do Professor e Doutor Tarcísio Vanderlinde.

A obra teve como intuito analisar a territorialização religiosa de Santo Antônio da Platina, localizado na mesorregião do Norte Pioneiro do Paraná, focando alguns fenômenos, como o trânsito religioso, evangelização digital e a Covid-19, além de redes sociais de interação. Para a produção do livro, foram investigadas as principais matrizes religiosas no município, como a Igreja Católica, Igreja Metodista e a Congregação Cristã no Brasil (CCB), esta última teve seu início nacional na região pesquisada.

Para o agora doutorando, Evandro Del Negro da Silva, observar todo o trabalho de construção da dissertação, que envolveu análise bibliográfica, debates, trabalho de campo e entrevistas, realizadas de forma remota e presencial, entre o período pandêmico e o retorno das atividades presenciais, materializando-se em formato de livro. “É uma forma de valorizar as comunidades que se disponibilizaram no processo de construção da pesquisa, esse material é uma realização coletiva”, diz.

O autor ainda destaca que “O livro se inicia destacando a religião sobre a perspectiva da Ciência Geográfica, se utilizando da categoria de território/territorialidade, mostrando as diferentes matrizes religiosas presente na área da pesquisa, assim a análise visa compreender a identidade e pluralismo religioso em diferentes conjunturas e escalas, para assim evidenciar os diferentes fenômenos que auxiliam na formação da territorialidade religiosa platinense”, menciona.

O coordenador do programa de pós-graduação, Djoni Roos, menciona que o livro faz parte de um conjunto de esforços do PPGGeo na divulgação dos trabalhos realizados pelo programa. “O PPGGeo, por meio do apoio financeiro da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), tem estimulado a publicação das pesquisas para ampliar a disseminação do conhecimento científico produzido pelo Programa. Assim, a obra publicada vem se somar a um conjunto de iniciativas e trabalhos realizados no programa que possuem como finalidade a compreensão das diferentes realidades esboçadas nas pesquisas do programa, evidenciando o compromisso social dos docentes e discentes. Portanto, trata-se de um trabalho que possui profunda imbricação social e diálogo com a comunidade, o que é marca das pesquisas, do ensino e da extensão realizados pelo PPGGeo da Unioeste”, diz.

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Mensagem do irmão Gergi Krouchane, da Síria

Mensagem do irmão Gergi Krouchane, da Síria

A paz de Deus

Hesitei muito em enviar esta mensagem, mas senti que era meu dever enviá-la, esperando que ninguém ficasse chateado comigo.

Recentemente, recebi muitas mensagens e vídeos sobre a situação entre o Hamas e Israel, inclusive que Israel é o povo escolhido de Deus, que Cristo falava hebraico, que Cristo é palestino e que o estado de Israel foi fundado antes da Palestina, e que Israel é o relógio do mundo etc... Sabendo que isso não é verdade, como percebi também que a maioria pedia somente paz para Israel e notei que algumas pessoas eram fanáticas por Israel, como se Israel fosse a sua pátria.

Considero meu dever como cristão esclarecer as coisas, pois nasci e vivo entre eles e sou testemunha ocular de todos os acontecimentos atuais.

Primeiro, Cristo era Sírio? Ou Palestino? Ou um Judeu?

Aqui é necessário distinguir entre filiação nacional e religião! Deste ponto de vista, podemos dizer que Cristo, o filho da Galileia, é um Sírio que pertence à cultura local, que é cananeia, e um judeu que fala aramaico e não o hebraico!

Pois o nascimento de Jesus Cristo ocorreu na época de Quirino, o governador da Síria que realizava o censo populacional anual. (Este primeiro alistamento foi feito sendo Quirino presidente da Síria). Lucas 2:2

(E a sua fama correu por toda a Síria, ...) Mateus 4:24

Repito que ele era teoricamente um judeu, pois seus ensinamentos e ações provavam que ele estava longe do judaísmo tradicional.

Nós o vimos quebrar o sábado e dizer ao povo: “Foi-vos dito, mas eu vos digo”. E ele disse: “Eu não vim para entregar a paz, mas sim uma espada”, ou seja, a espada do Novo Testamento que separa a verdade da falsidade, falsidade e autenticidade, para que as pessoas possam emergir dos duros ensinamentos dos judeus com o ensinamentos de misericórdia e justiça!

Jesus físico era Sírio por nacionalidade e judeu por religião, mas Jesus, O Senhor, não tem religião, seita, ou nacionalidade. Ele é o Salvador que veio para toda a humanidade.

Em segundo lugar a história dos palestinos (ou os filisteus) filhos de Ismael e dos israelenses (ou os judeus) filhos de Isaque, preenche as páginas do Velho Testamento, incluindo confrontos e guerras, pois os acontecimentos da guerra e a troca de acusações entre eles não pararam até hoje!

Segundo a profecia de Cristo em Mateus 24:15, sobre Jerusalém, foi cumprida e destruída no ano 70 DC pelos romanos, que a destruíram e saquearam.

Meus irmãos e amigos,

Quem são os Israelitas (ou os judeus), e quem são Hamas (ou os palestinos)?

Quem é o Hamas?

É um grupo do povo palestiniano e a sua religião é o islamismo, que não reconhece que Cristo é um salvador, consideram-no um profeta como os outros e rejeitam que tenha sido crucificado.

Eles consideram os cristãos infiéis por causa de sua fé.

Quem é Israel? São os judeus que rejeitaram Jesus porque acreditavam que o Messias seria um descendente direto do rei Davi através de seu filho Salomão por parte de pai, e nasceria naturalmente de marido e mulher (Gênesis 49:10, Isaías 11:1, Jeremias 23: 5, 33:17; Ezequiel 34:3-24).

O judeus não reconhecem que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, ou enviado por Deus, ou que ele tem qualquer status religioso.

Eles ainda estão esperando por Sua vinda até hoje.

Aqui vemos que o Hamas e Israel odeiam os cristãos, considerando-nos infiéis e pecadores, por causa da nossa fé no Senhor Jesus, que é o Filho de Deus e o único Salvador, e sempre nos perseguiram e mataram desde os tempos antigos até hoje.

Existem poucos palestinos de religião cristã (Ortodoxos, Católicos e Evangélicos), pois os nossos irmãos em Israel que são de origem católica ou evangélica, e Deus converteu os seus corações, e não temos nenhum irmão de origem judaica em Israel, e a razão já explicamos anteriormente.

Aqui devo salientar que o governo israelense demoliu nossa igreja de alvenaria sob o pretexto de que ela era contra a lei e deveria ser feita de tendas, então os irmãos no Brasil tomaram a iniciativa e compraram tendas especias transparentes da França e construíram a igreja novamente, que as fotos dela estão disponíveis na Internet apenas, porque também foi demolido pelo governo israelense.

E hoje nossos irmãos reúnem-se na casa do irmão Shafiq, onde ele fez da sua casa uma igreja, como acontece connosco na Síria, no Líbano, na Jordânia e no resto dos países árabes. As nossas casas são a casa de Deus.

As únicas vítimas nesta guerra e em todas as guerras são as pessoas indefesas e as crianças inocentes.

Meus irmãos, o que está acontecendo hoje foi predito por nosso Senhor Cristo no Evangelho de Mateus 24:1-13.

Também não entendo por que algumas pessoas são fanáticas por Israel, e a bandeira de Israel, pois o fanatismo não é um dos ensinamentos do cristianismo.

Nosso dever é respeitar o país onde Deus quis que nascêssemos, e sua bandeira e respeitar, amar e ajudar cada ser humano independentemente da sua nacionalidade ou religião.

É assim que sabemos, como cristãos, que a nossa Pátria está no céu apenas com o Senhor, não sem nos lembrarmos das palavras quando respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse
entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui). João 18:36

Além disso, nossa bandeira é a bandeira da vitória, e a levantaremos quando Cristo vier para levar sua igreja.

Como cristãos, não nos posicionamos contra um país ou povo específico. Temos apenas que nos posicionar contra Satanás e seus planos. Tenhamos cuidado para evitar sermos atraídos pelas notícias e começarmos a dizer: “Devo orar por alguém e contra alguém”. Nosso dever é orar por todos para que a paz prevaleça e para tirar as escamas dos olhos daqueles que ainda não creram no Senhor Jesus.

Os Israelitas nos tempos antigos eram o povo escolhido de Deus, mas eles rejeitaram a Cristo.

Hoje, o povo escolhido de Deus são aqueles que crêem no Senhor Jesus como o único Salvador e andam de acordo com sua doutrina.

Meus irmãos, somos o povo protegido e abençoado de Deus.

Jesus nos redimiu, nos salvou e pagou nosso preço com Seu sangue puro.

Por favor, não se deixe levar por notícias e acontecimento. Apenas ore, se arrume e esteja preparado porque os próximos dias serão muito mais difíceis e piores.

O Senhor Jesus é quem disse: “... e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém". (Mateus 28:20)

Que Deus abençoe a todos

Ir. Gergi Krouchane,

Damasco, Síria 16/10/2023

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

METRÓPOLES | Moda evangélica conquista fiéis consumidores por todo o Brasil

Marcas especializadas no público evangélico adaptam as tendências fashion para fiéis vestirem looks na moda sem desrespeitarem a religião


10/10/2021 |  São Paulo – Quando Áurea Otávia Flores começou, em 1990, a produzir as próprias roupas para ir ao culto na Congregação Cristã no Brasil, moda evangélica era sinônimo de saia jeans com comprimento abaixo do joelho. Hoje, a moda evangélica brasileira segue tendências do mundo fashion e movimenta milhões por ano. Mas mantém as características essenciais das peças influenciadas por orientação religiosa: ombros e busto cobertos, assim como pernas à mostra até, no máximo, a altura dos joelhos.

Áurea passou da costureira que costurava em casa, no bairro São Miguel, na zona leste de São Paulo, para fundadora da Joyaly Moda Evangélica que vende para consumidores e lojas do país inteiro e ainda exporta para Estados Unidos, Portugal e Japão.

“Ninguém nem imaginava ou sabia o que era moda evangélica. Naquele momento, havia uma escassez muito grande de produtos específicos e ela começou a desenvolver para ela mesma as saias jeans, porque a evangélica mais tradicional tem essa questão de não poder usar calça. Conforme ela frequentava a igreja as pessoas pediam e queriam compras as peças”, contou Alisson Flores, 44 anos, filho de Áurea e diretor comercial da Joyaly.

No início, Áurea se dedicou para as saias jeans e produzia peças para empresas do Brás, tradicional centro de produção e comércio de roupas na capital de São Paulo. Mas ao longo dos anos deixou de atender outros comerciantes, focou na produção própria e passou a desenvolver outros produtos.

Atualmente, os vestidos confeccionados em tecidos planos como a viscose são os mais procurados pela clientela da marca. Eles custam, no varejo, cerca de R$ 400.

Ao mês, 30 mil peças são vendidas para o Brasil – principalmente, para São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Cuiabá e Recife, e para o exterior. “Neste ano nosso crescimento vai ser de 30% em relação ao ano passado”, afirmou Alisson.

Moda comportada

Cilfarney Ávila, 58 anos, diretor da Sol da Terra, começou a produzir roupas femininas em 1999. Mas descobriu o caminho a seguir quando percebeu o sucesso alcançado pelas peças mais comportadas na Feira da Lua, realizada na Praça Tamandaré, em Goiânia.

“Decidi seguir essa tendência direcionada para uma moda mais comportada”, contou Ávila, que é católico.

Após a decisão de focar no público evangélico, o negócio de Cilfarney cresceu e passou a atender ao polo comercial da Avenida Bernardo Sayão, em Goiânia.

Hoje, além da marca Sol da Terra, Ávila também é dono da Verone, que produz roupas evangélicas para o público teen. A empresa tem três lojas físicas em Goiânia – duas de atacado e uma de varejo. Também mantém dois sites de venda (um de varejo e outro de atacado) de moda evangélica, que abrangem peças de outros produtores.

Ao todo, oito mil peças são vendidas por mês para o Brasil e para o exterior para Estados Unidos, Colômbia e ainda em países da Europa. Em solo nacional, as cidades que mais compram são no centro-oeste e no norte, como Goiânia, Brasília, Anápolis, Belém do Pará e São Luís.

As peças mais vendidas são os vestidos de festa da linha premium que custam no atacado em média R$ 200. No entanto, a Sol da Terra também tem camisetas temáticas e com frases bíblicas que saem por R$ 25 no atacado.

“Esse ano já estamos passando o faturamento do ano passado no varejo. A pandemia nos prejudicou demais no ano passado, mas esse ano melhorou”, afirmou Ávila. Segundo o diretor comercial, o faturamento anual das marcas e dos sites de venda fica entre R$ 4 a R$ 5 milhões.

Moda evangélica e executiva

A história da Kauly Moda Evangélica também começou sem a pretensão de atender esse público específico e também tem a dedicação de uma mãe. Em 2002, Cleide Guimarães Pais começou a confeccionar peças que, algum tempo depois, passaram a atrair o público evangélico.

“Foi uma venda, um giro muito rápido. Então, depois de quatro modelos de que saíram bem, vimos que era um público que estava gostando da nossa moda e que era um mercado que estava crescendo. Fizemos uma reunião e decidimos focar nesse nicho”, contou Fabrício Guimarães Pais, 40 anos, filho de Cleide Guimarães e diretor da Kauly.

Apesar do mercado promissor e do sucesso acidental com o público no início, a família, que é católica, enfrentou desafios. “É muito mais fácil para uma pessoa que é da Congregação, que está todos os dias olhando aquele público, aquele estilo. No começo, tínhamos um pouco de dificuldade para entender o que o público queria. Mas depois que a gente passou a conversar, fazer pesquisas, analisar o perfil, fui à igreja, e conseguimos entender o público. Agora atendemos 100% dos que ele precisa”, disse Fabrício.

Com o entendimento dos desejos do público evangélico, a Kauly expandiu sua distribuição para todo o Brasil e também passou a exportar para países como Estados Unidos, Portugal, Irlanda e Suíça.

A empresa familiar também lançou a marca Luciana Pais para atender o público de 15 a 30 anos.

No atacado, as peças da Kauly são vendidas por preços que variam entre R$ 160 a R$ 180. De acordo com o diretor da marca, os lojista revendem essas roupas com um valor 60 a 80% maior na etiqueta para o consumidor final. Fabrício acredita que também chegam a um público que não é evangélico. “Atendemos muitas executivas, mulheres que trabalham em banco, muitas mulheres que não são evangélicas e compram nossa moda por ela ser mais comportada”, afirmou.

O que é moda evangélica

Cada profissional tem uma descrição para moda evangélica, mas de qualquer maneira todas elas abrangem cobrir os ombros, o busto e as pernas até a altura dos joelhos.

A religião, independente de qual dominação, orienta as pessoas a se vestirem com um pouco mais de decência”, afirmou a influenciadora digital responsável pelo perfil Crente Chic

Fiel da Congregação Cristã desde que nasceu, Renata Castanheira criou o blog Crente Chic, sobre moda evangélica há dez anos / Divulgação

“É um produto para uma mulher mais comedida, não é nada tão específico, mas não podemos ter por exemplo uma cropped mais acentuada. Basicamente é fazer uma releitura do que é moda e adaptar para os padrões evangélicos”, disse o diretor comercial da Joyaly.

O diretor da Sol da Terra traz uma visão prática da questão. “Moda evangélica antigamente era moda da vovó. Hoje a gente fala que é a moda da mamãe, mas uma mãe cada vez mais nova. É importante ficar confortável e não ficar marcando. Adaptamos as tendências brasileiras e internacionais, só não podemos fazer uma coisa piriguete. Tem que ser mais clássica e não ‘avançadinha'”, teorizou Cilfarney.

“Consideramos três fatores: o comprimento da manga para cobrir o ombro, o comprimento total da peça para cobrir os joelhos e o forro da peça”, disse o diretor da Kauly.

Fiel da Congregação Cristã desde que nasceu, a influenciadora digital Renata Castanheira, de 43 anos, comenta o lado mais religioso do assunto. Segundo a especialista em moda evangélica, nem todas as religiões tem um ensinamento ou uma doutrina descritiva sobre a vestimenta.

“É mais a modéstia. Se vestir com elegância sem perder a mão com um decote mais profundo, uma roupa mais curta. A religião, independente de qual dominação, orienta as pessoas a se vestirem com um pouco mais de decência”, afirmou a influenciadora digital responsável pelo perfil Crente Chic.

Estigma de brega

Vinda de uma família que há três gerações frequenta a igreja Congregação Cristã, Renata Castanheira criou um blog há dez anos porque queria acabar com o estigma de que “crente é brega, cafona”. “Eu queria mostrar para o mundo como as pessoas evangélicas eram elegantes, chiques”, disse.

Atualmente, influenciadora digital publica dois vídeos por dia no canal no YouTube Crente Chic, que já bateu mais de 25 milhões de visualizações. No Instagram, o alcance semanal do perfil é de 2,5 milhões de visualizações.

Além do crescimento do alcance do conteúdo do Crente Chic, Renata também viu a expansão do mercado de moda evangélica. Segundo a blogueira, agora existem muito mais opções de marcas evangélicas e também é possível encontrar opções de roupas em lojas comuns. No entanto, na opinião da influenciadora, as etiquetas voltadas para moda evangélica facilitam e agilizam a vida do consumidor religioso.
Perfil do consumidor

As consumidoras da Joyaly são mulheres com idade entre 25 e 45 anos do sudeste do Brasil. “É um público extremamente exigente que aceita pagar, mas ele cobra por isso. É um público sedento por novidade”, contou Alisson. Para atender a essas expectativas, a marca lança ao menos 20 modelos toda sexta-feira.

Já Ávila conquistou um público mais jovem ao criar a marca de moda evangélica teen Verone. “O nosso público tem mudado bastante. A maioria das nossas consumidoras tinha mais de 30 anos. Hoje nosso público começa com a adolescente de 18 anos”, contou.

A Sol da Terra lança de oito a nove coleções por ano, com 50 a 70 modelos de roupas.
Poder de compra

De acordo com o diretor da Sol da Terra, Cilfarney Ávila, seus clientes são das classes B e C. Em uma compra no varejo eles gastam em média R$ 300. Já em uma compra no atacado os compradores gastam cerca de R$ 1.300. “O cliente da Sol da Terra nem é o que tem mais dinheiro, mas ele se prepara para comprar. O nosso cliente é muito família”, afirmou Ávila.

A influenciadora digital de moda evangélica concorda que se trata de um público que se planeja e prioriza o estilo pessoal. “A mulher evangélica não gasta fazendo muitas coisas como indo para a praia, consumindo muita bijuteria. Ela consome roupa para ir pro culto”, explica Renata Castanheira.
Mercado no Brasil

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, 42,3 milhões de pessoas se declaravam evangélicas, portanto 22,2% da população brasileira.

“O segmento evangélico tem potencial para alcançar 60 milhões de pessoas, segundo o Instituto Data Folha. É uma tendência natural do mercado abrir essa segmentação na medida que esse público vai demandando roupas mais adequados para suas percepções de vida”, afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel.

Apesar desse potencial, a Abit e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), não têm levantamentos específicos sobre o mercado de evangélica.

“Ao mesmo tempo que sabemos que a moda evangélica está em alta, existem outras denominações para esse tipo de roupa, como moda executiva, moda discreta, tem gente que não quer usar o termo com vínculo religioso”, comenta Daniel Sakamoto, gerente Executivo da CNDL, sobre a dificuldade em dimensionar o setor.

terça-feira, 3 de março de 2020

Coral se apresenta em alas do Hospital Universitário

Para a direção da unidade, momentos como esse de descontração auxiliam nos tratamentos…

Publicado em 03/03/2020 às 09:42 no site CGN



A música suave ecoando pelos corredores do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) chamou a atenção dos pacientes e acompanhantes, nesse fim de semana. Teve quem saiu do quarto e foi conferir a apresentação do Coral Darpe da Congregação Cristã no Brasil. “Achei lindo, é um momento de paz, de calma para nós”, diz Rose Maria, que acompanha a mãe, internada no Huop. “A minha mãe também ouviu e está gostando, e eu sai pra ver esse momento tão bonito”, comenta.

Quem também saiu do quarto para assistir, foi Sidney Betti, que acompanha a esposa internada. “Estamos em oração pela recuperação dela, então tudo que é bom, gostamos de participar. É muito bonito, faz muito bem”, comenta.

E o sentimento de leveza não é apenas para quem assiste, mas também para quem oportuniza esse momento. “É muito bom poder estar trazendo isso não apenas para os pacientes, mas também acompanhantes, médicos, enfermeiros e outros que trabalham aqui. Sentimos que eles gostam da música. A ideia é transferir coisas boas e nos sentimos leves com isso”, diz o músico integrante do Coral, Fábio Costa.

Essa é a segunda vez que o Coral Darpe está presente no Huop. A intenção, segundo a Comissão de Humanização do hospital, é realizar apresentações frequentes. “Receber estas apresentações trazem conforto, esperança e um energia positiva que anima nossos pacientes. E o benefício é geral, também para os funcionários, proporcionando um momento de leveza e de paz. É como receber um presente sem estar esperando, tornando este momento muito especial”, diz a fisioterapeuta e coordenadora da Comissão de Humanização, Luciana Wille Kawakami.

A coordenadora das comissões, Fátima de Oliveira, também acompanhou as apresentações e ressalta a importância dessas ações. “É importante oportunizar o conforto para os pacientes nesse momento. Isso traz muito ânimo e esperança na recuperação”, comenta. “E eles se conectam com a música, com a espiritualidade. É muito bonito”, complementa a membro da Comissão de Humanização, Eni Machado.

Nem Papa, nem bispo!

Na centenária Congregação Cristã no Brasil, não tem politicagem nem espaço para proselitismo. E as contas da igreja estão abertas

Postado em 03/03/2020 no site PITOCO



Cascavel, 19 horas de sábado: noite “mundana” de carnaval. Um ancião sobe ao púlpito no templo da Congregação Cristã no Brasil, em frente à Praça Rui Barbosa. Ele tem um calhamaço em mãos. É a assembleia anual de prestação de contas da igreja. Tim-tim por tim-tim, detalhado, auditado, aberto e transparente.

Na vasta “plateia”, à direita do ancião, homens vestindo terno e gravata. À esquerda, separadas deles, mulheres de cabelos cobertos por véus brancos. Entre aqueles que ouvem a pregação, estão médicos, advogados, engenheiros, magistrados, empresários e gente de todas as classes sociais.

O ancião chama-se Luiz Teixeira, 62 anos de Cascavel, mais de meio século de Congregação. Ele não é doutor, é cabeleireiro. E suas palavras simples, coloquiais, com alguma dificuldade na concordância, revelam sua efêmera passagem pela educação formal. “Não concluí nem o primário”, disse ele ao Pitoco, após o culto.

Luiz passa longe do perfil Edir Macedo, Malafaia, RR Soares ou Valdemiro do chapéu. A Congregação é o oposto disso. O pregador não pede dinheiro, não opera milagres. A igreja não tem programas milionários na TV, nem mesmo no rádio. Não abre o púlpito para discurso político.

“Se um membro com cargo na igreja decidir se candidatar, ele pode. Mas tem que se afastar do cargo e não terá espaço no culto para divulgação”, explica o ancião. Mais ainda: os congregados não podem sequer pôr o adesivo do “irmão” candidato no carro.

A Congregação não mistura fé com política. A força da denominação está no voluntariado. Ali todos são voluntários, inclusive os anciãos que comandam a pregação. Ninguém tem salário na igreja. Eles produziram a façanha de construir um templo com mais de 7 mil metros quadrados ao custo de menos de R$ 1 mil/metro quadrado - menos da metade um orçamento convencional.

A sabedoria secular dos congregados ganha relevância em um momento envenenado da política nacional, quando alguns católicos passaram a ofender o Papa por ter recebido Lula. Na outra ponta, outros condenam Bolsonaro por se ajoelhar para Edir Macedo, figura controversa da tal “teologia da prosperidade”.

Lula e Bolsonaro usam a fé do povo para obter votos? Alguns líderes religiosos se permitem usar com essa finalidade? São perguntas apenas. Provocado a respeito, o ancião da Congregação não quis manifestar sua opinião. Desprovido de canudo, mas sábio, ele não coloca o pé em bola dividida...

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Homem é preso tentando furtar casa de oração em Apucarana PR

Ele já possui histórico de desobediências, ameaças, resistências e de ser violento

Por  TNOnline, com edição do Conexão Cristã

Foto: Divulgação

13/11/2019 | Um homem de 29 anos foi preso após a polícia militar ser acionada ontem à noite (12), para atender a uma ocorrência de furto em uma igreja, na Vila Nova, em Apucarana-PR. Vizinhos ouviram que o alarme da casa de oração da Congregação Cristã no Brasil estaria disparado e também diversos sons de objetos sendo quebrados.

Chegando ao local, a equipe policial encontrou nos fundos da igreja um homem, em cima do muro, com uma camiseta vermelha cobrindo o rosto. Vendo os policiais, ele caiu com o rosto no chão, e correu para tentar pular o muro pelo outro lado da igreja. Percebendo que estava cercado, voltou ao pátio da igreja para tentar pegar os produtos que já havia furtado, mas nesse momento os policiais já estavam dentro do prédio.

O homem recebeu voz de abordagem, mas continuou a tentar fugir subindo pelo muro, caindo diversas vezes. Ao ser alcançado, os policias perceberam que ele carregava uma faca. Ele resistiu à prisão, desobedecendo as ordens policiais e até agredindo a equipe.


Um membro da igreja foi até o local e constatou o arrombamento de uma janela dos fundos, e a tentativa de furto de uma máquina de lavar a jato, uma caixa de ferramentas e uma caixa de som, todos já colocados ao lado de fora da igreja para serem levados.


O rapaz foi preso por resistência, ameaça, porte de arma branca e furto qualificado. Ele já possui um histórico de desobediências, ameaças, resistências e de ser violento.