Rubens Antônio da Silva
Hoje me perguntaram a respeito da figura do apóstolo. Eles devem existir nos dias de hoje ou não? É uma pergunta realmente difícil. Vamos recordar do que nos dizem as Santas Letras. Após o suicídio de Judas Iscariotes, os apóstolos se reuniram para escolher um substituto para o seu bispado. Disso deduzimos que o colégio apostólico não poderia permanecer com onze irmãos apenas. Aí se apresentaram dois e o Senhor foi consultado para saber qual seria o escolhido. Então, também não poderia ser treze. Até esse ponto somos levados a crer que teríamos um número permanente de doze apóstolos, não fossem os requisitos que foram exigidos daqueles irmãos que voluntariamente se apresentaram para aquele ministério: o de ter conhecido o Senhor Jesus. Aqui está a base da tese de que o colégio apostólico se extinguiu. Seriam eles todos crentes que testemunharam a obra de Jesus Cristo na terra. Concluimos, portanto, que hoje não há mais o cargo de apóstolo.
No entanto, a falta da figura do apóstolo se faz sentir nitidamente hoje em dia. Aquela mensagem - ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura - se faz tão necessária hoje como nos tempos bíblicos. Muitas denominações cristãs tem utilizado de um nome quase sinônimo de apóstolo para designar pessoas para esse mister: o missionário. Apóstolo se traduz por enviado, embaixador. Portanto, missionário. Outras tem delegado essa função aos irmãos do ministério em geral.
Lembramos, no entanto, que os livros do Novo Testamento fazem um rol de dons que Deus coloca no seio da Igreja. São apóstolos, profetas, doutores... Essa passagem nos traz o entendimento de que, assim como nos tempos do Antigo Testamento havia a figura estabelecida do profeta e hoje existe apenas o dom da profecia, também os apóstolos: não há mais o cargo de apóstolo, mas o dom permanece vivo. Qualquer homem de Deus pode ser agraciado por Ele com o dom de apóstolo, de enviado. Aquele irmão que sente a direção de Deus, entende a Sua voz, e põe-se a caminho a fazer a vontade do Pai. Os frutos de salvação são testemunhos da veracidade da guia divina. Essa Guia não morrerá nunca. Há muita gente faminta da Verdade Eterna espalhada pelo mundo. A Graça que recebemos se estende a todos os que a aceitarem.
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