quinta-feira, 15 de outubro de 2009

FÉ DIMINUI ANSIEDADE

G1 - O Portal de Notícias da Globo
06/03/09 - 08h44 - Atualizado em 06/03/09 - 09h27
Acreditar em Deus reduz ansiedade e estresse, diz estudo
Pesquisa mostra que pessoas religiosas se incomodam menos com erros.
Da BBC


Acreditar em Deus pode ajudar a acabar com a ansiedade e reduzir o estresse, segundo um estudo da Universidade de Toronto, no Canadá. A pesquisa, publicada na revista "Psychological Science", envolveu a comparação das reações cerebrais em pessoas de diferentes religiões e em ateus, quando submetidos a uma série de testes.

Segundo os cientistas, quanto mais fé os voluntários tinham, mais tranquilos eles se mostravam diante das tarefas, mesmo quando cometiam erros.

Os pesquisadores afirmam que os participantes que obtiveram melhor resultado nos testes não eram fundamentalistas, mas acreditavam que "Deus deu sentido a suas vidas".

Comparados com os ateus, eles mostraram menos atividade no chamado córtex cingulado anterior, a área do cérebro que ajuda a modificar o comportamento ao sinalizar quando são necessários mais atenção e controle, geralmente como resultado de algum acontecimento que produz ansiedade, como cometer um erro.

"Esta parte do cérebro é como um alarme que toca quando uma pessoa comete um erro ou se sente insegura", disse Michael Inzlicht, professor de psicologia e coordenador da pesquisa. "Os voluntários religiosos ou que simplesmente acreditavam em Deus mostraram muito menos atividade nesta região. Eles são muito menos ansiosos e se sentem menos estressados quando cometem um erro."
O cientista, no entanto, lembra que a ansiedade é "uma faca de dois gumes", necessária e útil em algumas situações.

"Claro que a ansiedade pode ser negativa, porque se você sofre repetidamente com o problema, pode ficar paralisado pelo medo", explicou. "Mas ela tem uma função muito útil, que é nos avisar quando estamos fazendo algo errado. Se você não se sentir ansioso com um erro, que ímpeto vai ter para mudar ou melhorar para não voltar a repetir o mesmo erro?".

Os voluntários religiosos eram cristãos, muçulmanos, hinduístas ou budistas.

Grupos ateus argumentaram que o estudo não prova que Deus existe, apenas mostra que ter uma crença é benéfico.

FÉ DÁ AUTOCONTROLE

O Portal de Notícias da Globo
31/12/08 - 09h40 - Atualizado em 31/12/08 - 09h40
Para ter autocontrole, adote uma religião, afirmam psicólogos
Religiosos praticantes são mais centrados e disciplinados, sugere estudo.
Versão secular do efeito, envolvendo valores 'sagrados', poderia funcionar.
John Tierney Do 'New York Times'


Se eu estiver realmente decidido a cumprir minhas promessas de Ano Novo para 2009, será que deveria acrescentar mais uma? Na lista de coisas a fazer, deveria acrescentar "ir à igreja"? Esta é uma reflexão estranha para um pagão, porém me senti obrigado a despertá-la com Michael McCullough depois de ler seu relatório a ser publicado na próxima edição da revista científica "Psychological Bulletin". Ele e um psicólogo da Universidade de Miami, Brian Willoughby, revisaram oito décadas de pesquisas e chegaram à seguinte conclusão: a crença religiosa e a devoção promovem o autocontrole.

Será que só a religião pode nos colocar sob controle?
Isso me soou desconfortavelmente similar à conclusão das freiras que me ensinavam na escola, mas McCullough, por sua vez, não tem nenhuma motivação evangélica. Ele confessa não ser, ele próprio, um devoto. "Em relação à religião", afirmou, "profissionalmente, sou fã, mas, pessoalmente, não vou muito a campo." Seu interesse profissional surgiu do desejo de entender por que a religião evoluiu e por que ela parece ajudar tantas pessoas. Pesquisadores de todo o mundo descobriram repetidamente que pessoas devotas de religiões tendem a se sair melhor na escola, vivem mais, têm casamentos mais satisfatórios e são mais felizes de modo geral.

Esses resultados têm sido atribuídos às regras impostas aos devotos e ao apoio social recebido por eles através dos colegas de religião, porém esses fatores externos não respondem por todos os benefícios. No novo artigo, os psicólogos de Miami analisaram a literatura para testar a proposição de que a religião dá às pessoas uma força interior. "Simplesmente perguntamos se havia boas evidências de que pessoas mais religiosas têm mais autocontrole", disse McCullough. "Por um longo tempo, não era legal que cientistas sociais estudassem religião, mas alguns pesquisadores o fizeram silenciosamente durante décadas. Quando você soma tudo, descobre fatos notavelmente consistentes de que a religiosidade se relaciona a um maior autocontrole."

Na década de 1920, pesquisadores descobriram que estudantes que passam mais tempo em escolas religiosas com aulas também aos domingos se saíram melhor em testes laboratoriais para medição da autodisciplina. Estudos subseqüentes mostraram que crianças devotas de uma religião foram classificadas pelos pais e professores como tendo baixa impulsividade, e a religiosidade se relacionou a maiores níveis de autocontrole em adultos também. Pessoas religiosas, conforme foi descoberto, têm mais tendência a usar cinto de segurança, ir ao dentista e tomar vitaminas.

No entanto, o que veio primeiro, a devoção religiosa ou o autocontrole? É preciso ter autodisciplina para freqüentar a escola ou cultos aos domingos, em um templo ou mesquita, então pessoas com menos autocontrole presumivelmente têm menos tendência a manter esses hábitos. Mas, mesmo depois de considerar o viés da auto-seleção, McCullough afirmou que ainda existe razão para acreditar na religião como uma forte influência.

Cérebro
"Estudos de imagens cerebrais geradas enquanto as pessoas rezam ou meditam, mostram muita atividade em duas partes do cérebro, importantes para a auto-regulação e o controle da atenção e da emoção", explicou ele. "Os rituais que as religiões têm encorajado durante milhares de anos parecem ser um tipo de exercício anaeróbico para o autocontrole."

Em um estudo publicado pela Universidade de Maryland em 2003, estudantes expostos de forma subliminar a palavras religiosas (como Deus, oração ou bíblia) foram mais lentos em reconhecer palavras associadas a tentações (como drogas ou sexo antes do casamento). De forma oposta, quando foram preparados com palavras de tentação, foram mais rápidos em reconhecer as palavras religiosas. "É como se as pessoas associassem a religião com a anulação dessas tentações", disse McCullough. "Quando as tentações passam por suas mentes no dia-a-dia, eles rapidamente usam a religião para dissipar esses pensamentos."

Num estudo de personalidade, pessoas altamente religiosas foram comparadas a pessoas que apoiavam noções espirituais mais genéricas, como a idéia de que suas vidas eram "dirigidas por uma força espiritual maior do que qualquer ser humano" ou que eles sentiam "uma conexão espiritual com outras pessoas". Os participantes religiosos obtiveram pontuação relativamente maior para nível de consciência e autocontrole, enquanto as pessoas espiritualizadas tenderam a obter pontuações relativamente menores. "Pensar na unificação da humanidade e na unidade da natureza não parece estar relacionado ao autocontrole", concluiu McCullough. "O efeito do autocontrole parece vir do envolvimento com instituições e comportamentos religiosos".

Isso significa que céticos como eu deveriam começar a freqüentar uma igreja? Mesmo se você não acredita em um deus sobrenatural, poderia tentar melhorar seu autocontrole ao, pelo menos, acompanhar os rituais de uma religião organizada. No entanto, provavelmente isso não funcionaria, como me contou McCullough, pois estudos de personalidade identificaram uma diferença entre devotos verdadeiros e aqueles que freqüentam os rituais por razões externas, como o desejo de impressionar as pessoas ou estabelecer ligações sociais. As pessoas intrinsecamente religiosas têm maior autocontrole, porém os extrinsecamente religiosos não.

Conselho para ateus
Sendo assim, o que um ateu deveria fazer em 2009? O conselho de McCullough é tentar participar de alguns dos mecanismos religiosos que parecem aumentar a autocontrole, como a meditação particular ou até o envolvimento público com uma organização com fortes ideais. Pessoas religiosas, ele disse, são autocontroladas não simplesmente porque temem a ira de Deus, mas porque absorveram os ideais de sua religião em seu próprio sistema de valores, e deram aos seus objetivos pessoais uma aura de santidade. Ele sugeriu que os descrentes tentem uma versão pagã dessa estratégia.

"As pessoas podem ter valores sagrados sem serem valores religiosos", ele disse. "A autoconfiança pode ser um valor sagrado para você, que é relevante para economizar dinheiro. A preocupação com os outros pode ser um valor sagrado, relevante para reservar um tempo para o trabalho voluntário. Você pode pensar em quais são os valores sagrados para você e fazer promessas de Ano Novo condizentes com eles."

Obviamente, é necessário um pouco de autocontrole para realizar esse exercício – e talvez um esforço maior do que ir à igreja. "Valores sagrados já vêm pré-fabricados para devotos religiosos", afirmou McCullough. "A crença de que Deus tem preferências sobre seu comportamento e os objetivos estabelecidos por você mesmo para sua vida deve ser a avó de todos os mecanismos psicológicos para motivar as pessoas a perseguir suas metas. Isso pode ajudar a explicar por que a crença em Deus tem sido tão persistente em todas as épocas."

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ESCLARECIMENTO OFICIAL DA CCB

Esclarecimento

A CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL não autoriza a divulgação pública através de meio eletrônico de qualquer informação a seu respeito, não estando autorizado a tanto quem, através de “site” não pertencente à Congregação, se afirme como “site” oficial. Quem o fizer estará atuando em nome, interesse próprio e responsabilidade pessoal. A Congregação se manifesta através de sua Administração ou Conselho de Anciães.

A CONGREGAÇÃO CRISTÃ é uma comunidade religiosa inteiramente fundamentada na doutrina e fé apostólicas contidas no Novo Testamento da Bíblia Sagrada.

A CONGREGAÇÃO CRISTÃ tem origem num pequeno grupo de evangélicos italianos que, na cidade de Chicago nos Estados Unidos da América, no ano de 1904, passou a se reunir em suas casas, buscando a guia Divina para seguir os ensinamentos bíblicos cristãos, dentro da simplicidade da fé apostólica.

A esse grupo, desprovido de qualquer denominação e sem qualquer propaganda ou forma especial de comunicação, foram se agregando muitas outras pessoas, sentindo-se movidas por Deus. Dessa mesma maneira, se formaram em diversos países grupos imbuídos dos mesmos sentimentos e compreensão da Palavra de Deus.

Com o aumento do número de pessoas professando os mesmos princípios de adoração a Deus e não havendo locais particulares em que fosse possível reunir-se foi necessário adquirir-se locais para esse fim, havendo, a partir de então, a necessidade de se criar instituição com personalidade jurídica para poder legalizar as reuniões e titularizar a propriedade desses imóveis e, por isso, se denominou essa entidade de “CONGREGAÇÃO CRISTÔ, isto é, simples reunião de pessoas, sem qualquer formalismo ou personalismo, apenas imbuídas dos mesmos valores espirituais cristãos de adoração a Deus.

As receitas advindas de seus membros devem decorrer de ofertas voluntárias e anônimas, cujos valores devem ser aplicados integralmente nas finalidades para as quais foram oferecidas, sendo vedado qualquer caráter de obrigatoriedade de sua prestação ou vínculo com a integração ou permanência de membros.

O exercente de qualquer cargo espiritual ou de administração deverá manter-se através de seu trabalho ou meios próprios, uma vez que é vedada qualquer espécie de remuneração ou retribuição pelo exercício dessas atividades ou pela ministração de serviços espirituais ou sacramentos.

A CONGREGAÇÃO CRISTÃ não tem qualquer vínculo com partidos ou ideologias políticas e os integrantes de cargos espirituais, ou de administração, devem se abster de aceitar cargos ou encargos políticos, sendo incompatível o exercício concomitante de funções em ambas as esferas (cargo ou encargo político e função espiritual ou administrativa na igreja). Recomenda-se aos membros cumprir os deveres cívicos de cidadãos, consoante as leis do país.

Também é vedado aos membros, integrantes do Ministério e da Administração, utilizar-se do nome da CONGREGAÇÃO CRISTÃ para fins políticos, eleitorais ou ideológicos.

A CONGREGAÇÃO CRISTÃ não mantém polêmicas sobre os seus pontos de doutrina ou seu modo de organização, nem autoriza ninguém a fazê-lo em seu nome.

Os integrantes do Ministério (anciães, diáconos e cooperadores) e da Administração da CONGREGAÇÃO CRISTÃ não mantém “site” ou qualquer outro tipo de comunicação objetivando atendimento de questões espirituais ou mesmo esclarecimentos de pontos de doutrina ou princípios de fé.

A CONGREGAÇÃO CRISTÃ não faz qualquer tipo de propaganda de sua doutrina, nem se utiliza de qualquer meio de divulgação pública de seus princípios de fé. Quem tiver interesse espiritual de conhecer sua doutrina deverá freqüentar seus cultos em qualquer de suas igrejas.

A Congregação Cristã no Brasil

INÍCIO DA CCB NO PARANÁ

Folha de Londrina, 08.09.198_(ilegível)
Os primeiros crentes a serem batizados foram Felício Antonio Máscaro e sua esposa Maria Máscaro. A primeira igreja foi construída na Rua 24 de Maio, em 1910. Após alguns anos foi construída a segunda em Abatiá (PR). Felício Antonio Máscaro sabia a Bíblia de cor e foi o maior propagador dos ensinamentos proféticos. Membros antigos: Alfredo de Souza, José Lopes de Oliveira, Joaquim Alves, Felício Antonio Máscaro, João Galvão Neto, Vergílio Rodrigues de Oliveira, Ordalino José Ribeiro, João Mariano de Oliveira, Bento Pacheco, Fernando Pinto de Carvalho. A orquestra foi introduzida por Francisco de Ângelo (encarregado) e João Finote (ancião), vindos de São Paulo. Introduzida no País no dia 5 de junho de 1910, a Congregação no Brasil teve suas origens fundadas em Santo Antonio da Platina, no Norte Pioneiro. Chegou ao Bairro dos Glórias, em 1937, por Felício Antonio Máscaro, proprietário de um moinho a água.
(Dados retirados de reportagem do jornal Folha de Londrina)

LOUIS FRANCESCON NO BRASIL

L. Francescon no Brasil
1 – chegada: 12 de março de 1910 / partida: 22 de setembro de 1910
2 – chegada: 02 de outubro de 1912 / partida: 16 de maio de 1913
3 – chegada: 22 de outubro de 1913 / partida: 16 de setembro de 1914
4 – chegada: 17 de agosto de 1915 / partida: 09 de outubro de 1916
5 – chegada: 09 de fevereiro de 1918 / partida: 01 de agosto de 1919
6 – chegada: 02 de agosto de 1920 / partida: 23 de fevereiro de 1922
7 – chegada: 18 de março de 1923 / partida: 27 de dezembro de 1924
8 – chegada: 01 de janeiro de 1931 / partida: 25 de maio de 1932
9 – chegada: 03 de agosto de 1935 / partida: 25 de maio de 1937
10 – chegada: 27 de outubro de 1947 / partida: 18 de outubro de 1948
(Fonte: 100 Anos de História da Congregação Cristã no Mundo, org. Paulo Cezar Medina, Maringá, PR, 2003, livroccb@ig.com.br (ou livroccb.@.ig.com.br).

POR QUE CRESCEM OS PENTECOSTAIS


Autor: C. Peter Wagner
Tradutora: Wanda Assunpção
Editora Vida, Miami, Flórida 33167, Estados Unidos, 1987
Dois tópicos sobre a Congregação Cristã no Brasil:
1
“Louis Francescon, um imigrante italiano humilde e despretensioso, recebeu o batismo do Espírito
Santo e falou em línguas na Missão Willian H. Durham, da Avenida Norte, em Chicago, em 1907. Movimentando-se entre outros italianos, Francescon plantou igrejas (essa denominação tem atualmente o nome de Igreja Cristã da América do Norte) na Califórnia e na Pensilvânia. Em 1909, ele próprio sentiu um “forte impulso” para dirigir-se à América do Sul, impulso esse que ele só conseguiu explicar como uma orientação direta de Deus.
É bem conhecido o fato de que numerosos grupos de italianos haviam imigrado para a Argentina e para o Brasil, e por isso, quando Francescon aventurou-se em sua primeira viagem missionária (ele fez um total de onze viagens), ele passou um curto espaço de tempo entre os italianos que residiam em Buenos Aires, e depois dirigiu-se para São Paulo.
Em São Paulo havia uma colônia chamada “Pequena Itália” naquela época, de aproximadamente um milhão e trezentas mil pessoas, mas Francescon não conhecia ninguém pessoalmente. Orando para que Deus o guiasse, ele sentou-se para descansar no banco de um parque, numa das praças da cidade. Ali começou a conversar com um italiano do estado do Paraná, e levou-o a Cristo. O homem convidou-o para ir à sua casa em Plantina, onde Francescon conseguiu levar os sete membros da família a Cristo. Eles formaram o núcleo da primeira igreja pentecostal da região.
De volta a São Paulo, Francescon entrou em contato com uma igreja presbiteriana no Brás. Foi convidado para pregar, e fê-lo em italiano. Sua mensagem comoveu muitos membros da igreja, e tudo correu bem até que ele tocou no assunto de falar em línguas. Alguns presbiterianos reagiram contra isso com muito vigor, enquanto outros demonstraram interessada curiosidade. Tensões se desenvolveram ao ponto de os presbíteros mandarem Francescon embora. Ele foi, mas com ele foram diversos membros da igreja, já atraídos pela nova ênfase pentecostal. Estes ficaram tristes porque sentiam que Deus havia enviado Francescon como um profeta para injetar vida nova na própria igreja presbiteriana. Mas os líderes presbiterianos não quiseram saber disso, e a ruptura foi inevitável.
Esta nova congregação tornou-se a igreja-mãe da Congregação Cristã no Brasil. A Igreja Presbiteriana do Brás conta hoje algumas centenas de membros, ao passo que a igreja pentecostal cresceu até atingir os milhares. A Congregação Cristã tornou-se uma das maiores denominações protestantes do Brasil, com mais de um milhão de membros comungantes atualmente. Diversos de seus templos acomodam mais de três mil pessoas.” – (páginas 18 a 20)
2
“A Congregação Cristã no Brasil sabe o que os outros estão fazendo, mas rejeitou tanto as pregações ao ar livre quanto os programas de rádio em favor do testemunho individual, pessoa a pessoa.
A Congregação Cristã acredita tanto na vida do Corpo que se recusa a contratar pastores para suas 3.500 igrejas. Ela crê que o Espírito Santo fornece a cada igreja todos os dons necessários para uma vida eclesiástica saudável, e que quando todos os membros estão usando seus dons de maneira correta, um ministro profissional é perfeitamente dispensável. Os presbíteros e diáconos incumbem-se da pregação. A única pessoa empregada pela igreja é o contador; o restante do trabalho é feito pelos próprios membros.
Isso é extremamente eficaz. Os policiais de São Paulo estão acostumados aos constantes congestionamentos de tráfego na área do Brás quando a Congregação Cristã se reúne, nas noites de Quarta-feira e Domingo, lotando o auditório com capacidade para 3.500 pessoas. As igrejas mais tradicionais, que contratam pastores educados em seminários parecem ter menos problemas de tráfego.” - (páginas 77 a 78)

Notas

O livro acima foi publicado originalmente em 1973 com o título “Look out! The Pentecostals Are Coming” (Cuidado! Aí vêm os pentecostais) By Creation House. O autor C. Peter Wagner pertence ao Seminário Teológico Fuller, da Califórnia. A nova versão do livro com o título “Por que crescem os pentecostais?” é de janeiro de 1985. Nele consta a seguinte observação: “Dados para a seção sobre o Brasil foram obtidos no livro “Latin America Church Growth”, de Willian R. Read, Victor M. Monterroso e Harmon A Johnson, Grand Rapids: Eerdmans, 1969, página 381 e entrevista com Read em 18 de outubro de 1972.

Comentários rápidos

Os números estatísticos da Congregação se referem à época da entrevista com Read, ou seja, 1972. A localidade chamada de Plantina trata-se da cidade de Santo Antonio da Platina, no Paraná. Quando o autor diz que “presbíteros e diáconos incumbem-se da pregação”, talvez tenha trocado o Cooperador pelo diácono. Embora este também pregue, não é essa sua incumbência. A palavra presbítero é sinônima de ancião ou bispo. A remuneração do contador se faz na ausência de um irmão qualificado para a função.

OS LAVA-PÉS

Na década de 1960, na cidade paranaense de Santa Mariana, o cooperador Benedito Apolinário provocou uma das raras divisões na Congregação Cristã: criou a Congregação Cristã Conservadora. Aqueles que aderiram à nova denominação ficaram conhecidos como os “lava-pés”, pois uma das principais características do grupo era a realização da cerimônia do lava-pés nos dias das santas-ceias. A princípio a cerimônia era feita apenas entre homens. Por pressão das mulheres, o mesmo passou a ser feito entre elas.

De Santa Mariana, Apolinário passou a divulgar suas idéias por outras cidades, formando grupos em algumas delas. Em Santo Antonio da Platina, construiu um pequeno templo no Bairro Ribeirão Bonito, conhecido por Bairro dos Glórias pela supremacia da Congregação Cristã no local. Passados alguns anos, o rebanho foi definhando e seus membros voltavam à Congregação Cristã ou iam para o mundo, até fechar. Durou cerca de 5 anos. Apolinário pregava uma maior santificação.

Emanuel Lopes de Paula disse...
'A CONGREGAÇÃO CRISTÃ CONSERVADORA NÃO FECHOU, ELA SE UNIFICOU COM A IGREJA CRISTÃ REMANESCENTE.'

23 de maio de 2010 13:10

CCB NO ALMANAQUE ABRIL 2003

PENTECOSTALISMO – Herdeiro do protestantismo, distingue-se dele em alguns pontos. Os principais são a convicção dos poderes e cura do Espírito Santo, o dom de falar línguas estranhas (glossolalia) – manifestação iniciada com os apóstolos no dia de Pentecostes. O movimento nasce nos Estados Unidos, em 1906, e chega ao país em 1910, com a fundação da Congregação Cristã no Brasil na cidade de São Paulo. Atualmente, existem centenas de igrejas e as principais, além da Congregação Cristã no Brasil, são: Assembléia de Deus (Pará, 1911), Evangelho Quadrangular (São Paulo, 1953), Brasil para Cristo (São Paulo, 1955) e Deus É Amor (São Paulo, 1962).


As correntes pentecostais – O movimento pentecostal pode ser dividido em duas correntes. A primeira, chamada pentecostalismo clássico, abrange o período de 1910 a 1950 e vai de sua implantação no pais, com a fundação da Congregação Cristã no Brasil e da Assembléia de Deus, a sua difusão pelo território nacional. Desde o início, ambas as igrejas caracterizam-se pelo anticatolicismo e pela ênfase na crença no Espírito Santo.
A segunda corrente, denominada pentecostalismo autônomo, começa a surgir na década de 1950, quando chegam a São Paulo dois micionários norte-americanos da International Church of the Foursquare Gospel. Na capital paulista, eles criam a Cruzada Nacional de evangelização e, centrados na cura divina, iniciam a evangelização das massas, principalmente pelo rádio, contribuindo bastante para a expansão do pentecostalismo no Brasil. Em seguida, fundam a Igreja do Evangelho Quadrangular. Surgem, em seguida, o Brasil para Cristo, Deus É Amor, Casa da Bênção e outras menores.
Congregação Cristã no Brasil – Primeira igreja pentecostal instituída no Brasil. Surge em 1910, por iniciativa do italiano Luigi Francescon, de origem presbiteriana, que vem dos Estados Unidos para ensinar imigrantes na América Latina. Começa a pregar em Santo Antonio da Platina (PR) e na capital paulista. Nos primeiros 20 anos, a igreja restringe-se aos imigrantes italianos e a seus descendentes. Está concentrada no Sudeste, principalmente em São Paulo. Durante os cultos nos templos, homens e mulheres sentam-se em lados separados. Segundo estudo do Sepal, o número de adeptos da Congregação Cristã em 2001 é de 2,2 milhões de fiéis, no entanto, a instituição aponta 3 milhões de fiéis no mesmo ano. – página 184, volume Brasil.A CCB no Almanaque Abril 2003

PENTECOSTALISMO – Herdeiro do protestantismo, distingue-se dele em alguns pontos. Os principais são a convicção dos poderes e cura do Espírito Santo, o dom de falar línguas estranhas (glossolalia) – manifestação iniciada com os apóstolos no dia de Pentecostes. O movimento nasce nos Estados Unidos, em 1906, e chega ao país em 1910, com a fundação da Congregação Cristã no Brasil na cidade de São Paulo. Atualmente, existem centenas de igrejas e as principais, além da Congregação Cristã no Brasil, são: Assembléia de Deus (Pará, 1911), Evangelho Quadrangular (São Paulo, 1953), Brasil para Cristo (São Paulo, 1955) e Deus É Amor (São Paulo, 1962).

As correntes pentecostais – O movimento pentecostal pode ser dividido em duas correntes. A primeira, chamada pentecostalismo clássico, abrange o período de 1910 a 1950 e vai de sua implantação no pais, com a fundação da Congregação Cristã no Brasil e da Assembléia de Deus, a sua difusão pelo território nacional. Desde o início, ambas as igrejas caracterizam-se pelo anticatolicismo e pela ênfase na crença no Espírito Santo.
A segunda corrente, denominada pentecostalismo autônomo, começa a surgir na década de 1950, quando chegam a São Paulo dois micionários norte-americanos da International Church of the Foursquare Gospel. Na capital paulista, eles criam a Cruzada Nacional de evangelização e, centrados na cura divina, iniciam a evangelização das massas, principalmente pelo rádio, contribuindo bastante para a expansão do pentecostalismo no Brasil. Em seguida, fundam a Igreja do Evangelho Quadrangular. Surgem, em seguida, o Brasil para Cristo, Deus É Amor, Casa da Bênção e outras menores.
Congregação Cristã no Brasil – Primeira igreja pentecostal instituída no Brasil. Surge em 1910, por iniciativa do italiano Luigi Francescon, de origem presbiteriana, que vem dos Estados Unidos para ensinar imigrantes na América Latina. Começa a pregar em Santo Antonio da Platina (PR) e na capital paulista. Nos primeiros 20 anos, a igreja restringe-se aos imigrantes italianos e a seus descendentes. Está concentrada no Sudeste, principalmente em São Paulo. Durante os cultos nos templos, homens e mulheres sentam-se em lados separados. Segundo estudo do Sepal, o número de adeptos da Congregação Cristã em 2001 é de 2,2 milhões de fiéis, no entanto, a instituição aponta 3 milhões de fiéis no mesmo ano. – página 184, volume Brasil.