sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Paranaíba/MS inaugura Centro de Comercialização de Produtos Artesanais

Por Roberto Chamorro, em Jornal do Povo, editado pelo Concristan

Paranaíba/MS - O prefeito Tita inaugurou na manhã de hoje (16) o Centro de Comercialização de Produtos Artesanais Pedro Martins de Souza. A inauguração do Centro de Comercialização, juntamente com a licitação por outorga no próximo dia 21 deverá colocar fim ao impasse que cerca o local construído na Praça do Carnaíba. São oito Box que serão levados a pregão na modalidade melhor preço e que já está atraindo muitos interessados pelo valor simbólico que foi apresentado no presente edital.

Em discurso para um grupo de secretários, convidados e familiares do homenageado, o prefeito Tita fez um relato da situação atual do município e disse que enfrentou e enfrenta muitas agruras e amarguras, devido à situação atual do país.

A secretária de Cultura do município, Ruth Marcela, neta de Pedro Martins de Souza, ressaltou as qualidades de seu avô homenageado com o nome no centro de comercialização de artesanato. “Um homem que viveu mais de 50 anos para Jesus, pai de família exemplar, probo, íntegro”. Pedro Martins de Souza pertenceu à Congregação Cristã no Brasil e foi listado entre os 12 anciãos mais antigos da Congregação em todo o país.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Sonhava vê-la de noiva, diz noivo de jovem morta em queda de helicóptero

Além da noiva, morreram o seu irmão, Silvano Nascimento, 40, o piloto e uma fotógrafa, que estava grávida de seis meses.


De acordo com os bombeiros, além da noiva, estavam no helicóptero um irmão dela e a fotógrafa do casamento, que estava grávida.

A auxiliar de enfermagem Rosemere do Nascimento, 32, morta no domingo passado (4) na queda de um helicóptero, começou a juntar dinheiro para o casamento antes mesmo de saber quem seria seu noivo. "Seria um conto de fadas. Tudo produzido nos mínimos detalhes", disse o noivo, Udirley Marques Damasceno, ao "Fantástico", da Rede Globo.

A entrada triunfante estava nos planos para o casamento perfeito de Rosemere, que decidiu surpreender a todos chegando de helicóptero no sítio em aconteceria a cerimônia, em São Lourenço da Serra, na região metropolitana de São Paulo. Mas a aeronave acabou caindo no percurso. Além da noiva, morreram o seu irmão, Silvano Nascimento, 40, o piloto e uma fotógrafa, que estava grávida de seis meses.

Udirley ficou sabendo do acidente pelo dono do sítio quando já estava pronto para a cerimônia. Os mais de 300 convidados também estavam no local aguardado Rosemere. "Pra não chorar e mostrar para o povo, saí andando até a praça dos brinquedos das crianças. Fiquei lá, praticamente desmaiando", conta ele. "Meu sonho era vê-la de noiva".

O casal era evangélico e se conheceu na Congregação Cristã, em Taboão da Serra (Grande SP). Foi um ano de paquera, até que eles começaram a trocar mensagens. Pouco depois do começo do namoro, decidiram casar. Gastaram na festa em torno de R$ 40 mil. A chegada de helicóptero estava incluído em um pacote especial. "No dia seguinte, todos vão achar que sou rica", disse Rosemere a uma cunhada que sabia da surpresa.

"Nós queremos apuração. Que a justiça seja feita. Ela ia realizar o sonho dela, o meu, o de todos que estavam aqui", afirma Udirley.

O acidente A aeronave, modelo Robinson 44, voava em direção ao sítio Recanto Beija-Flor, onde haveria a festa. Caiu por volta das 16h de domingo (4), perto da rodovia Régis Bittencourt, que liga São Paulo ao Sul, e a 5 km de onde estava programada a celebração.

No horário do acidente, a região tinha tempo encoberto, com neblina, chuva fraca e baixa visibilidade, segundo os institutos de meteorologia -situação que dificulta voos.

O vigilante Rubens Pires, 36, diz que o helicóptero dava voltas, como se procurasse um local para pousar. "Ele foi e voltou duas vezes. A hélice parece que se desfez e depois ouvimos um barulho do helicóptero caindo no meio das árvores."

A cuidadora Cíntia Camargo Pires, 35, disse que viu a aeronave girando antes de cair. "Estava saindo fumaça. A hélice estava parada, e o helicóptero é que girava."

O helicóptero estava registrado na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) na categoria privada de serviços aéreos e não tinha registro para fretamento, ou seja, para ser usado como táxi aéreo ou comercialmente.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Violinista que tocou ‘Titanic’ já tinha se apresentado para Cabral e Adriana

Pedro Zuazo, jornal Extra / Globo
Em novembro de 2009, quando a cantora Madonna visitou o Morro Dona Marta, o violinista Rodrigo Silva estava na primeira fila da orquestra que se apresentou à estrela pop, acompanhada do então governador, Sérgio Cabral, e sua mulher, Adriana Ancelmo. Mal sabia aquele jovem músico que, sete anos depois, iria se preparar para tocar novamente para a ex-primeira-dama, mas dessa vez por ocasião de sua prisão.

Rodrigo, hoje com 26 anos, e Thyago Ribeiro, de 18, roubaram a cena, na tarde de terça-feira, ao executar no violino o hino nacional e a música do filme “Titanic” em frente ao prédio de Cabral e sua mulher, no Leblon, enquanto a Polícia Federal fazia buscas no local.

Os jovens, que aprenderam a tocar o instrumento em projetos sociais, se conheceram há dois anos, na Orquestra Sinfônica Jovem do Rio, patrocinada pelo estado. Desde então, fazem apresentações pela cidade. Mas foi por acaso que, na terça-feira, protagonizaram um protesto de forma incomum.

A dupla tinha acabado de se apresentar em frente a um supermercado na Barra e seguia para outra apresentação em uma padaria no Leblon. Ao descer do ônibus, eles viram uma aglomeração de pessoas e se aproximaram. Só então descobriram que era uma manifestação em prol da prisão de Adriana Ancelmo.

— Uma moça viu os instrumentos e sugeriu que a gente tocasse. A gente ficou receoso, por causa da polícia, mas as pessoas insistiram e começaram a gritar, em coro: “Toca, toca”. Um olhou para o outro e então resolvemos tocar — conta Rodrigo, que avalia: — Eu fiquei orgulhoso quando toquei para eles, lá atrás. Mas agora é diferente. Se erraram, têm que pagar.

Apesar de a ex-primeira dama não ter sido encontrada no apartamento — ela se entregou mais tarde, no mesmo dia —, a dupla foi ovacionada. Os aplausos foram tão calorosos, que os jovens decidiram passar o chapéu. Eles se divertiram ao ouvir alguém dizer, antes de jogar uma nota: “esse dinheiro aqui é honesto, hein!”. A arrecadação não foi das melhores — cerca de R$ 40 — mas a sensação de desabafo compensou.

— Muitas vezes a justiça falha. Quando funciona, é preciso celebrar. Executar o hino foi uma forma de dizer isso através da arte — diz Thyago Ribeiro.

Sonhadores Rodrigo nasceu no Dona Marta e viveu lá até 2013, quando se mudou para a Vila Cruzeiro, na Penha. Perdeu o pai aos 5 anos e foi criado pela mãe, que trabalhou em casas de família para sustentar sozinha os quatro filhos. Rodrigo chegou a conciliar os estudos com um trabalho em um mercado para engrossar a renda da família.

Teve o primeiro contato com a música aos 16 anos, com o projeto Ação Social pela Música no Brasil, patrocinado pelo governo do estado, que se instalou na comunidade de Botafogo. Pelo bom desempenho, foi selecionado para participar da Orquestra Sinfônica Jovem do Rio, com a qual se apresentou para Madonna, Cabral e Adriana.

O jovem, que largou os estudos no 1º ano do ensino médio para se dedicar à musica, pretende agora voltar às salas de aula.

— Meu grande sonho é viver da música — diz, sem hesitação.

Thyago é nascido e criado em Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Filho único de um rodoviário e uma dona de cabeleireiro, ele teve seu primeiro contato com a música aos 7 anos.

— Aos 7 anos, vi uma orquestra na igreja Congregação Cristã no Brasil. Na mesma hora quis participar. Entrei para a orquestra da igreja e fiz o curso básico. Mas queria mais. Queria seguir carreira profissional. Depois de lá, ingressei no curso da Faetec e, em seguida fui para o projeto Som Mais Eu, na Central — conta.

O jovem também teve uma passagem pelo projeto Ação Social pela Música no Brasil, e foi igualmente selecionado para a Orquestra Sinfônica Jovem do Rio. Lá, conheceu Rodrigo, com quem se uniu para, junto com outros amigos, formar um grupo de violinistas que tocam em eventos da cidade.

Agora, Thyago se prepara para um novo desafio: no sábado ele presta vestibular para Música na UFRJ.

— Estou firme no meu sonho de seguir carreira profissional — diz.