terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A ORIGEM DO NATAL


Criado pela Igreja Católica Romana no século 4 dC, o Natal surgiu para afirmar a supremacia do Deus cristão sobre os deuses pagãos, num período em que o cristianismo enfrentava a resistência de romanos, babilônicos, germânicos e celtas. A Igreja Católica decidiu desviar as atenções que recaíam sobre as comemorações pagãs, criando uma festa que reunisse o melhor das festas de outras religiões e, desta forma, dar mais alguns passos rumo à cristianização destes povos.
A data escolhida - 25 de dezembro - coincidia com o aniversário de Mitra, deus da mitologia babilônico-assíria e cultuado por legionários romanos no século IV. Na época, o mitraismo era o maior concorrente direto do cristianismo e esta foi a melhor maneira encontrada pela Igreja Católica para atrair seus seguidores.
A data também coincidia com as celebrações de várias festas das culturas clássicas românica, germânica e celtica. Uma delas era a Saturnália, festa romana que celebrava o solstício de inverno (17 de dezembro) e o início do período de semeadura. Desta festa foi emprestado o hábito de trocar presentes, também comum no Ano Novo romano (1º de janeiro).
A ideia central das missas de natal revela sua origem nos cultos solares praticados, também em dezembro,  por celtas e germânicos, em que se ofereciam sacrifícios e se suplicavam pelo retorno da luz, uma vez que as noites eram mais frias e longas nesta época. A liturgia natalina retoma esta ideia e identifica Cristo como a verdadeira luz do mundo.
A árvore de natal é de origem germânica e foi adotada para substituir os sacrifícios ao carvalho sagrado de Odin, adorando-se uma árvore em homenagem ao Deus-menino. O presépio foi introduzido no século XIII, por São Francisco de Assis.
Nas colônias inglesas dos Estados Unidos, os primeiros puritanos que lá se instalaram suprimiram as festividades do dia de natal, substituindo-as por um dia de jejum. Os festejos natalinos foram resgatados pelos imigrantes holandeses, que chegaram anos depois.
No Brasil, o natal é a celebração religiosa de maior penetração na sociedade. No Interior do país, seu ponto alto é a Missa do Galo,  celebrada à meia-noite.
Fonte: Informativo do Consórcio dos Concessionários Volkswagen, nº 29, nov/dez de 1994.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

FÉ DIMINUI ANSIEDADE

G1 - O Portal de Notícias da Globo
06/03/09 - 08h44 - Atualizado em 06/03/09 - 09h27
Acreditar em Deus reduz ansiedade e estresse, diz estudo
Pesquisa mostra que pessoas religiosas se incomodam menos com erros.
Da BBC


Acreditar em Deus pode ajudar a acabar com a ansiedade e reduzir o estresse, segundo um estudo da Universidade de Toronto, no Canadá. A pesquisa, publicada na revista "Psychological Science", envolveu a comparação das reações cerebrais em pessoas de diferentes religiões e em ateus, quando submetidos a uma série de testes.

Segundo os cientistas, quanto mais fé os voluntários tinham, mais tranquilos eles se mostravam diante das tarefas, mesmo quando cometiam erros.

Os pesquisadores afirmam que os participantes que obtiveram melhor resultado nos testes não eram fundamentalistas, mas acreditavam que "Deus deu sentido a suas vidas".

Comparados com os ateus, eles mostraram menos atividade no chamado córtex cingulado anterior, a área do cérebro que ajuda a modificar o comportamento ao sinalizar quando são necessários mais atenção e controle, geralmente como resultado de algum acontecimento que produz ansiedade, como cometer um erro.

"Esta parte do cérebro é como um alarme que toca quando uma pessoa comete um erro ou se sente insegura", disse Michael Inzlicht, professor de psicologia e coordenador da pesquisa. "Os voluntários religiosos ou que simplesmente acreditavam em Deus mostraram muito menos atividade nesta região. Eles são muito menos ansiosos e se sentem menos estressados quando cometem um erro."
O cientista, no entanto, lembra que a ansiedade é "uma faca de dois gumes", necessária e útil em algumas situações.

"Claro que a ansiedade pode ser negativa, porque se você sofre repetidamente com o problema, pode ficar paralisado pelo medo", explicou. "Mas ela tem uma função muito útil, que é nos avisar quando estamos fazendo algo errado. Se você não se sentir ansioso com um erro, que ímpeto vai ter para mudar ou melhorar para não voltar a repetir o mesmo erro?".

Os voluntários religiosos eram cristãos, muçulmanos, hinduístas ou budistas.

Grupos ateus argumentaram que o estudo não prova que Deus existe, apenas mostra que ter uma crença é benéfico.

FÉ DÁ AUTOCONTROLE

O Portal de Notícias da Globo
31/12/08 - 09h40 - Atualizado em 31/12/08 - 09h40
Para ter autocontrole, adote uma religião, afirmam psicólogos
Religiosos praticantes são mais centrados e disciplinados, sugere estudo.
Versão secular do efeito, envolvendo valores 'sagrados', poderia funcionar.
John Tierney Do 'New York Times'


Se eu estiver realmente decidido a cumprir minhas promessas de Ano Novo para 2009, será que deveria acrescentar mais uma? Na lista de coisas a fazer, deveria acrescentar "ir à igreja"? Esta é uma reflexão estranha para um pagão, porém me senti obrigado a despertá-la com Michael McCullough depois de ler seu relatório a ser publicado na próxima edição da revista científica "Psychological Bulletin". Ele e um psicólogo da Universidade de Miami, Brian Willoughby, revisaram oito décadas de pesquisas e chegaram à seguinte conclusão: a crença religiosa e a devoção promovem o autocontrole.

Será que só a religião pode nos colocar sob controle?
Isso me soou desconfortavelmente similar à conclusão das freiras que me ensinavam na escola, mas McCullough, por sua vez, não tem nenhuma motivação evangélica. Ele confessa não ser, ele próprio, um devoto. "Em relação à religião", afirmou, "profissionalmente, sou fã, mas, pessoalmente, não vou muito a campo." Seu interesse profissional surgiu do desejo de entender por que a religião evoluiu e por que ela parece ajudar tantas pessoas. Pesquisadores de todo o mundo descobriram repetidamente que pessoas devotas de religiões tendem a se sair melhor na escola, vivem mais, têm casamentos mais satisfatórios e são mais felizes de modo geral.

Esses resultados têm sido atribuídos às regras impostas aos devotos e ao apoio social recebido por eles através dos colegas de religião, porém esses fatores externos não respondem por todos os benefícios. No novo artigo, os psicólogos de Miami analisaram a literatura para testar a proposição de que a religião dá às pessoas uma força interior. "Simplesmente perguntamos se havia boas evidências de que pessoas mais religiosas têm mais autocontrole", disse McCullough. "Por um longo tempo, não era legal que cientistas sociais estudassem religião, mas alguns pesquisadores o fizeram silenciosamente durante décadas. Quando você soma tudo, descobre fatos notavelmente consistentes de que a religiosidade se relaciona a um maior autocontrole."

Na década de 1920, pesquisadores descobriram que estudantes que passam mais tempo em escolas religiosas com aulas também aos domingos se saíram melhor em testes laboratoriais para medição da autodisciplina. Estudos subseqüentes mostraram que crianças devotas de uma religião foram classificadas pelos pais e professores como tendo baixa impulsividade, e a religiosidade se relacionou a maiores níveis de autocontrole em adultos também. Pessoas religiosas, conforme foi descoberto, têm mais tendência a usar cinto de segurança, ir ao dentista e tomar vitaminas.

No entanto, o que veio primeiro, a devoção religiosa ou o autocontrole? É preciso ter autodisciplina para freqüentar a escola ou cultos aos domingos, em um templo ou mesquita, então pessoas com menos autocontrole presumivelmente têm menos tendência a manter esses hábitos. Mas, mesmo depois de considerar o viés da auto-seleção, McCullough afirmou que ainda existe razão para acreditar na religião como uma forte influência.

Cérebro
"Estudos de imagens cerebrais geradas enquanto as pessoas rezam ou meditam, mostram muita atividade em duas partes do cérebro, importantes para a auto-regulação e o controle da atenção e da emoção", explicou ele. "Os rituais que as religiões têm encorajado durante milhares de anos parecem ser um tipo de exercício anaeróbico para o autocontrole."

Em um estudo publicado pela Universidade de Maryland em 2003, estudantes expostos de forma subliminar a palavras religiosas (como Deus, oração ou bíblia) foram mais lentos em reconhecer palavras associadas a tentações (como drogas ou sexo antes do casamento). De forma oposta, quando foram preparados com palavras de tentação, foram mais rápidos em reconhecer as palavras religiosas. "É como se as pessoas associassem a religião com a anulação dessas tentações", disse McCullough. "Quando as tentações passam por suas mentes no dia-a-dia, eles rapidamente usam a religião para dissipar esses pensamentos."

Num estudo de personalidade, pessoas altamente religiosas foram comparadas a pessoas que apoiavam noções espirituais mais genéricas, como a idéia de que suas vidas eram "dirigidas por uma força espiritual maior do que qualquer ser humano" ou que eles sentiam "uma conexão espiritual com outras pessoas". Os participantes religiosos obtiveram pontuação relativamente maior para nível de consciência e autocontrole, enquanto as pessoas espiritualizadas tenderam a obter pontuações relativamente menores. "Pensar na unificação da humanidade e na unidade da natureza não parece estar relacionado ao autocontrole", concluiu McCullough. "O efeito do autocontrole parece vir do envolvimento com instituições e comportamentos religiosos".

Isso significa que céticos como eu deveriam começar a freqüentar uma igreja? Mesmo se você não acredita em um deus sobrenatural, poderia tentar melhorar seu autocontrole ao, pelo menos, acompanhar os rituais de uma religião organizada. No entanto, provavelmente isso não funcionaria, como me contou McCullough, pois estudos de personalidade identificaram uma diferença entre devotos verdadeiros e aqueles que freqüentam os rituais por razões externas, como o desejo de impressionar as pessoas ou estabelecer ligações sociais. As pessoas intrinsecamente religiosas têm maior autocontrole, porém os extrinsecamente religiosos não.

Conselho para ateus
Sendo assim, o que um ateu deveria fazer em 2009? O conselho de McCullough é tentar participar de alguns dos mecanismos religiosos que parecem aumentar a autocontrole, como a meditação particular ou até o envolvimento público com uma organização com fortes ideais. Pessoas religiosas, ele disse, são autocontroladas não simplesmente porque temem a ira de Deus, mas porque absorveram os ideais de sua religião em seu próprio sistema de valores, e deram aos seus objetivos pessoais uma aura de santidade. Ele sugeriu que os descrentes tentem uma versão pagã dessa estratégia.

"As pessoas podem ter valores sagrados sem serem valores religiosos", ele disse. "A autoconfiança pode ser um valor sagrado para você, que é relevante para economizar dinheiro. A preocupação com os outros pode ser um valor sagrado, relevante para reservar um tempo para o trabalho voluntário. Você pode pensar em quais são os valores sagrados para você e fazer promessas de Ano Novo condizentes com eles."

Obviamente, é necessário um pouco de autocontrole para realizar esse exercício – e talvez um esforço maior do que ir à igreja. "Valores sagrados já vêm pré-fabricados para devotos religiosos", afirmou McCullough. "A crença de que Deus tem preferências sobre seu comportamento e os objetivos estabelecidos por você mesmo para sua vida deve ser a avó de todos os mecanismos psicológicos para motivar as pessoas a perseguir suas metas. Isso pode ajudar a explicar por que a crença em Deus tem sido tão persistente em todas as épocas."

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ESCLARECIMENTO OFICIAL DA CCB

Esclarecimento

A CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL não autoriza a divulgação pública através de meio eletrônico de qualquer informação a seu respeito, não estando autorizado a tanto quem, através de “site” não pertencente à Congregação, se afirme como “site” oficial. Quem o fizer estará atuando em nome, interesse próprio e responsabilidade pessoal. A Congregação se manifesta através de sua Administração ou Conselho de Anciães.

A CONGREGAÇÃO CRISTÃ é uma comunidade religiosa inteiramente fundamentada na doutrina e fé apostólicas contidas no Novo Testamento da Bíblia Sagrada.

A CONGREGAÇÃO CRISTÃ tem origem num pequeno grupo de evangélicos italianos que, na cidade de Chicago nos Estados Unidos da América, no ano de 1904, passou a se reunir em suas casas, buscando a guia Divina para seguir os ensinamentos bíblicos cristãos, dentro da simplicidade da fé apostólica.

A esse grupo, desprovido de qualquer denominação e sem qualquer propaganda ou forma especial de comunicação, foram se agregando muitas outras pessoas, sentindo-se movidas por Deus. Dessa mesma maneira, se formaram em diversos países grupos imbuídos dos mesmos sentimentos e compreensão da Palavra de Deus.

Com o aumento do número de pessoas professando os mesmos princípios de adoração a Deus e não havendo locais particulares em que fosse possível reunir-se foi necessário adquirir-se locais para esse fim, havendo, a partir de então, a necessidade de se criar instituição com personalidade jurídica para poder legalizar as reuniões e titularizar a propriedade desses imóveis e, por isso, se denominou essa entidade de “CONGREGAÇÃO CRISTÔ, isto é, simples reunião de pessoas, sem qualquer formalismo ou personalismo, apenas imbuídas dos mesmos valores espirituais cristãos de adoração a Deus.

As receitas advindas de seus membros devem decorrer de ofertas voluntárias e anônimas, cujos valores devem ser aplicados integralmente nas finalidades para as quais foram oferecidas, sendo vedado qualquer caráter de obrigatoriedade de sua prestação ou vínculo com a integração ou permanência de membros.

O exercente de qualquer cargo espiritual ou de administração deverá manter-se através de seu trabalho ou meios próprios, uma vez que é vedada qualquer espécie de remuneração ou retribuição pelo exercício dessas atividades ou pela ministração de serviços espirituais ou sacramentos.

A CONGREGAÇÃO CRISTÃ não tem qualquer vínculo com partidos ou ideologias políticas e os integrantes de cargos espirituais, ou de administração, devem se abster de aceitar cargos ou encargos políticos, sendo incompatível o exercício concomitante de funções em ambas as esferas (cargo ou encargo político e função espiritual ou administrativa na igreja). Recomenda-se aos membros cumprir os deveres cívicos de cidadãos, consoante as leis do país.

Também é vedado aos membros, integrantes do Ministério e da Administração, utilizar-se do nome da CONGREGAÇÃO CRISTÃ para fins políticos, eleitorais ou ideológicos.

A CONGREGAÇÃO CRISTÃ não mantém polêmicas sobre os seus pontos de doutrina ou seu modo de organização, nem autoriza ninguém a fazê-lo em seu nome.

Os integrantes do Ministério (anciães, diáconos e cooperadores) e da Administração da CONGREGAÇÃO CRISTÃ não mantém “site” ou qualquer outro tipo de comunicação objetivando atendimento de questões espirituais ou mesmo esclarecimentos de pontos de doutrina ou princípios de fé.

A CONGREGAÇÃO CRISTÃ não faz qualquer tipo de propaganda de sua doutrina, nem se utiliza de qualquer meio de divulgação pública de seus princípios de fé. Quem tiver interesse espiritual de conhecer sua doutrina deverá freqüentar seus cultos em qualquer de suas igrejas.

A Congregação Cristã no Brasil

INÍCIO DA CCB NO PARANÁ

Folha de Londrina, 08.09.198_(ilegível)
Os primeiros crentes a serem batizados foram Felício Antonio Máscaro e sua esposa Maria Máscaro. A primeira igreja foi construída na Rua 24 de Maio, em 1910. Após alguns anos foi construída a segunda em Abatiá (PR). Felício Antonio Máscaro sabia a Bíblia de cor e foi o maior propagador dos ensinamentos proféticos. Membros antigos: Alfredo de Souza, José Lopes de Oliveira, Joaquim Alves, Felício Antonio Máscaro, João Galvão Neto, Vergílio Rodrigues de Oliveira, Ordalino José Ribeiro, João Mariano de Oliveira, Bento Pacheco, Fernando Pinto de Carvalho. A orquestra foi introduzida por Francisco de Ângelo (encarregado) e João Finote (ancião), vindos de São Paulo. Introduzida no País no dia 5 de junho de 1910, a Congregação no Brasil teve suas origens fundadas em Santo Antonio da Platina, no Norte Pioneiro. Chegou ao Bairro dos Glórias, em 1937, por Felício Antonio Máscaro, proprietário de um moinho a água.
(Dados retirados de reportagem do jornal Folha de Londrina)

LOUIS FRANCESCON NO BRASIL

L. Francescon no Brasil
1 – chegada: 12 de março de 1910 / partida: 22 de setembro de 1910
2 – chegada: 02 de outubro de 1912 / partida: 16 de maio de 1913
3 – chegada: 22 de outubro de 1913 / partida: 16 de setembro de 1914
4 – chegada: 17 de agosto de 1915 / partida: 09 de outubro de 1916
5 – chegada: 09 de fevereiro de 1918 / partida: 01 de agosto de 1919
6 – chegada: 02 de agosto de 1920 / partida: 23 de fevereiro de 1922
7 – chegada: 18 de março de 1923 / partida: 27 de dezembro de 1924
8 – chegada: 01 de janeiro de 1931 / partida: 25 de maio de 1932
9 – chegada: 03 de agosto de 1935 / partida: 25 de maio de 1937
10 – chegada: 27 de outubro de 1947 / partida: 18 de outubro de 1948
(Fonte: 100 Anos de História da Congregação Cristã no Mundo, org. Paulo Cezar Medina, Maringá, PR, 2003, livroccb@ig.com.br (ou livroccb.@.ig.com.br).

POR QUE CRESCEM OS PENTECOSTAIS


Autor: C. Peter Wagner
Tradutora: Wanda Assunpção
Editora Vida, Miami, Flórida 33167, Estados Unidos, 1987
Dois tópicos sobre a Congregação Cristã no Brasil:
1
“Louis Francescon, um imigrante italiano humilde e despretensioso, recebeu o batismo do Espírito
Santo e falou em línguas na Missão Willian H. Durham, da Avenida Norte, em Chicago, em 1907. Movimentando-se entre outros italianos, Francescon plantou igrejas (essa denominação tem atualmente o nome de Igreja Cristã da América do Norte) na Califórnia e na Pensilvânia. Em 1909, ele próprio sentiu um “forte impulso” para dirigir-se à América do Sul, impulso esse que ele só conseguiu explicar como uma orientação direta de Deus.
É bem conhecido o fato de que numerosos grupos de italianos haviam imigrado para a Argentina e para o Brasil, e por isso, quando Francescon aventurou-se em sua primeira viagem missionária (ele fez um total de onze viagens), ele passou um curto espaço de tempo entre os italianos que residiam em Buenos Aires, e depois dirigiu-se para São Paulo.
Em São Paulo havia uma colônia chamada “Pequena Itália” naquela época, de aproximadamente um milhão e trezentas mil pessoas, mas Francescon não conhecia ninguém pessoalmente. Orando para que Deus o guiasse, ele sentou-se para descansar no banco de um parque, numa das praças da cidade. Ali começou a conversar com um italiano do estado do Paraná, e levou-o a Cristo. O homem convidou-o para ir à sua casa em Plantina, onde Francescon conseguiu levar os sete membros da família a Cristo. Eles formaram o núcleo da primeira igreja pentecostal da região.
De volta a São Paulo, Francescon entrou em contato com uma igreja presbiteriana no Brás. Foi convidado para pregar, e fê-lo em italiano. Sua mensagem comoveu muitos membros da igreja, e tudo correu bem até que ele tocou no assunto de falar em línguas. Alguns presbiterianos reagiram contra isso com muito vigor, enquanto outros demonstraram interessada curiosidade. Tensões se desenvolveram ao ponto de os presbíteros mandarem Francescon embora. Ele foi, mas com ele foram diversos membros da igreja, já atraídos pela nova ênfase pentecostal. Estes ficaram tristes porque sentiam que Deus havia enviado Francescon como um profeta para injetar vida nova na própria igreja presbiteriana. Mas os líderes presbiterianos não quiseram saber disso, e a ruptura foi inevitável.
Esta nova congregação tornou-se a igreja-mãe da Congregação Cristã no Brasil. A Igreja Presbiteriana do Brás conta hoje algumas centenas de membros, ao passo que a igreja pentecostal cresceu até atingir os milhares. A Congregação Cristã tornou-se uma das maiores denominações protestantes do Brasil, com mais de um milhão de membros comungantes atualmente. Diversos de seus templos acomodam mais de três mil pessoas.” – (páginas 18 a 20)
2
“A Congregação Cristã no Brasil sabe o que os outros estão fazendo, mas rejeitou tanto as pregações ao ar livre quanto os programas de rádio em favor do testemunho individual, pessoa a pessoa.
A Congregação Cristã acredita tanto na vida do Corpo que se recusa a contratar pastores para suas 3.500 igrejas. Ela crê que o Espírito Santo fornece a cada igreja todos os dons necessários para uma vida eclesiástica saudável, e que quando todos os membros estão usando seus dons de maneira correta, um ministro profissional é perfeitamente dispensável. Os presbíteros e diáconos incumbem-se da pregação. A única pessoa empregada pela igreja é o contador; o restante do trabalho é feito pelos próprios membros.
Isso é extremamente eficaz. Os policiais de São Paulo estão acostumados aos constantes congestionamentos de tráfego na área do Brás quando a Congregação Cristã se reúne, nas noites de Quarta-feira e Domingo, lotando o auditório com capacidade para 3.500 pessoas. As igrejas mais tradicionais, que contratam pastores educados em seminários parecem ter menos problemas de tráfego.” - (páginas 77 a 78)

Notas

O livro acima foi publicado originalmente em 1973 com o título “Look out! The Pentecostals Are Coming” (Cuidado! Aí vêm os pentecostais) By Creation House. O autor C. Peter Wagner pertence ao Seminário Teológico Fuller, da Califórnia. A nova versão do livro com o título “Por que crescem os pentecostais?” é de janeiro de 1985. Nele consta a seguinte observação: “Dados para a seção sobre o Brasil foram obtidos no livro “Latin America Church Growth”, de Willian R. Read, Victor M. Monterroso e Harmon A Johnson, Grand Rapids: Eerdmans, 1969, página 381 e entrevista com Read em 18 de outubro de 1972.

Comentários rápidos

Os números estatísticos da Congregação se referem à época da entrevista com Read, ou seja, 1972. A localidade chamada de Plantina trata-se da cidade de Santo Antonio da Platina, no Paraná. Quando o autor diz que “presbíteros e diáconos incumbem-se da pregação”, talvez tenha trocado o Cooperador pelo diácono. Embora este também pregue, não é essa sua incumbência. A palavra presbítero é sinônima de ancião ou bispo. A remuneração do contador se faz na ausência de um irmão qualificado para a função.

OS LAVA-PÉS

Na década de 1960, na cidade paranaense de Santa Mariana, o cooperador Benedito Apolinário provocou uma das raras divisões na Congregação Cristã: criou a Congregação Cristã Conservadora. Aqueles que aderiram à nova denominação ficaram conhecidos como os “lava-pés”, pois uma das principais características do grupo era a realização da cerimônia do lava-pés nos dias das santas-ceias. A princípio a cerimônia era feita apenas entre homens. Por pressão das mulheres, o mesmo passou a ser feito entre elas.

De Santa Mariana, Apolinário passou a divulgar suas idéias por outras cidades, formando grupos em algumas delas. Em Santo Antonio da Platina, construiu um pequeno templo no Bairro Ribeirão Bonito, conhecido por Bairro dos Glórias pela supremacia da Congregação Cristã no local. Passados alguns anos, o rebanho foi definhando e seus membros voltavam à Congregação Cristã ou iam para o mundo, até fechar. Durou cerca de 5 anos. Apolinário pregava uma maior santificação.

Emanuel Lopes de Paula disse...
'A CONGREGAÇÃO CRISTÃ CONSERVADORA NÃO FECHOU, ELA SE UNIFICOU COM A IGREJA CRISTÃ REMANESCENTE.'

23 de maio de 2010 13:10

CCB NO ALMANAQUE ABRIL 2003

PENTECOSTALISMO – Herdeiro do protestantismo, distingue-se dele em alguns pontos. Os principais são a convicção dos poderes e cura do Espírito Santo, o dom de falar línguas estranhas (glossolalia) – manifestação iniciada com os apóstolos no dia de Pentecostes. O movimento nasce nos Estados Unidos, em 1906, e chega ao país em 1910, com a fundação da Congregação Cristã no Brasil na cidade de São Paulo. Atualmente, existem centenas de igrejas e as principais, além da Congregação Cristã no Brasil, são: Assembléia de Deus (Pará, 1911), Evangelho Quadrangular (São Paulo, 1953), Brasil para Cristo (São Paulo, 1955) e Deus É Amor (São Paulo, 1962).


As correntes pentecostais – O movimento pentecostal pode ser dividido em duas correntes. A primeira, chamada pentecostalismo clássico, abrange o período de 1910 a 1950 e vai de sua implantação no pais, com a fundação da Congregação Cristã no Brasil e da Assembléia de Deus, a sua difusão pelo território nacional. Desde o início, ambas as igrejas caracterizam-se pelo anticatolicismo e pela ênfase na crença no Espírito Santo.
A segunda corrente, denominada pentecostalismo autônomo, começa a surgir na década de 1950, quando chegam a São Paulo dois micionários norte-americanos da International Church of the Foursquare Gospel. Na capital paulista, eles criam a Cruzada Nacional de evangelização e, centrados na cura divina, iniciam a evangelização das massas, principalmente pelo rádio, contribuindo bastante para a expansão do pentecostalismo no Brasil. Em seguida, fundam a Igreja do Evangelho Quadrangular. Surgem, em seguida, o Brasil para Cristo, Deus É Amor, Casa da Bênção e outras menores.
Congregação Cristã no Brasil – Primeira igreja pentecostal instituída no Brasil. Surge em 1910, por iniciativa do italiano Luigi Francescon, de origem presbiteriana, que vem dos Estados Unidos para ensinar imigrantes na América Latina. Começa a pregar em Santo Antonio da Platina (PR) e na capital paulista. Nos primeiros 20 anos, a igreja restringe-se aos imigrantes italianos e a seus descendentes. Está concentrada no Sudeste, principalmente em São Paulo. Durante os cultos nos templos, homens e mulheres sentam-se em lados separados. Segundo estudo do Sepal, o número de adeptos da Congregação Cristã em 2001 é de 2,2 milhões de fiéis, no entanto, a instituição aponta 3 milhões de fiéis no mesmo ano. – página 184, volume Brasil.A CCB no Almanaque Abril 2003

PENTECOSTALISMO – Herdeiro do protestantismo, distingue-se dele em alguns pontos. Os principais são a convicção dos poderes e cura do Espírito Santo, o dom de falar línguas estranhas (glossolalia) – manifestação iniciada com os apóstolos no dia de Pentecostes. O movimento nasce nos Estados Unidos, em 1906, e chega ao país em 1910, com a fundação da Congregação Cristã no Brasil na cidade de São Paulo. Atualmente, existem centenas de igrejas e as principais, além da Congregação Cristã no Brasil, são: Assembléia de Deus (Pará, 1911), Evangelho Quadrangular (São Paulo, 1953), Brasil para Cristo (São Paulo, 1955) e Deus É Amor (São Paulo, 1962).

As correntes pentecostais – O movimento pentecostal pode ser dividido em duas correntes. A primeira, chamada pentecostalismo clássico, abrange o período de 1910 a 1950 e vai de sua implantação no pais, com a fundação da Congregação Cristã no Brasil e da Assembléia de Deus, a sua difusão pelo território nacional. Desde o início, ambas as igrejas caracterizam-se pelo anticatolicismo e pela ênfase na crença no Espírito Santo.
A segunda corrente, denominada pentecostalismo autônomo, começa a surgir na década de 1950, quando chegam a São Paulo dois micionários norte-americanos da International Church of the Foursquare Gospel. Na capital paulista, eles criam a Cruzada Nacional de evangelização e, centrados na cura divina, iniciam a evangelização das massas, principalmente pelo rádio, contribuindo bastante para a expansão do pentecostalismo no Brasil. Em seguida, fundam a Igreja do Evangelho Quadrangular. Surgem, em seguida, o Brasil para Cristo, Deus É Amor, Casa da Bênção e outras menores.
Congregação Cristã no Brasil – Primeira igreja pentecostal instituída no Brasil. Surge em 1910, por iniciativa do italiano Luigi Francescon, de origem presbiteriana, que vem dos Estados Unidos para ensinar imigrantes na América Latina. Começa a pregar em Santo Antonio da Platina (PR) e na capital paulista. Nos primeiros 20 anos, a igreja restringe-se aos imigrantes italianos e a seus descendentes. Está concentrada no Sudeste, principalmente em São Paulo. Durante os cultos nos templos, homens e mulheres sentam-se em lados separados. Segundo estudo do Sepal, o número de adeptos da Congregação Cristã em 2001 é de 2,2 milhões de fiéis, no entanto, a instituição aponta 3 milhões de fiéis no mesmo ano. – página 184, volume Brasil.

sábado, 5 de setembro de 2009

bom saber: JEOVÁ

O nome Jeová (ou Javé ou Iavé) não se encontra em nenhum manuscrito antigo do Novo Testamento.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

vale lembrar: O BRASIL É UM ESTADO LAICO

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;

II - recusar fé aos documentos públicos;

III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.


Constituição da República Federativa do Brasil

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

ESCÃNDALOS

Temos visto na mídia denúncias terríveis contra pessoas de uma organização religiosa que teriam usado a Palavra de Deus para arrecadar dinheiro, lavando-o e se enriquecendo com ele. Não temos que ficar preocupados com essas notícias. É verdade que elas nos incomodam, até porque muitas vezes somos confundidos com falsos cristãos que servem de escândalo para aqueles que ainda não conhecem a luz. É na Palavra de Deus que sempre encontramos conforto e paz nesses momentos. Está escrito: é mister que venha o escândalo, mas ai daquele por quem o escândalo vem. O povo de Deus está posicionado sobre um alto monte, Jesus Cristo. E os homens estão de olho em nós. E é bom que estejam mesmo, pois a luz deve iluminar a todos os que estão na casa e não colocada debaixo da cama. E é por isso que a Palavra é tão dura com aqueles que escandalizam. Se o sal for insípido para nada mais presta a não ser para ser jogado fora e pisado pelos homens. Mas ai daquele que escandalizar um dos pequenos do Senhor. Agora, não cabe a nós julgar ninguém. O mundo julgará segundo suas leis. E Deus julgará para a eternidade. Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada no fogo. Precisamos dizer ao mundo que a nota falsa é prova de que existe a verdadeira. A Palavra de Deus permanece pura. Os nossos olhos estão voltados para ela. Jesus Cristo é o nosso modelo, santo e perfeito. A luz verdadeira onde não há sombra alguma. A luz veio ao mundo por Nosso Senhor. E ele mesmo disse: de graça recebeste e de graça dai. A notícia da salvação não tem preço. Se tivesse preço já não seria a Graça.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

SANTIFICADO SEJA O TEU NOME

Rubens Antônio da Silva
Já vi pessoas um pouco confusas quanto a essa frase da oração do Senhor. Como poderemos, nós, que necessitamos ser santificados, santificar o que já é santo? Não podemos. A afirmarção tem que ser entendida de forma diferente. A melhor maneira de elucidar esse verso é substituindo a palavra Santificado pela sinônima Sagrado. Sagrado seja o Teu nome. Agora, sim, lembramos daquilo que está escrito na Lei: não tomarás o nome do Senhor em vão. Claro, ele é sagrado. Por si mesmo. Nós temos apenas que declarar essa grande verdade: o nome de Deus é sagrado. É santo.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

comentário: APÓSTOLO

Rubens Antônio da Silva

Hoje me perguntaram a respeito da figura do apóstolo. Eles devem existir nos dias de hoje ou não? É uma pergunta realmente difícil. Vamos recordar do que nos dizem as Santas Letras. Após o suicídio de Judas Iscariotes, os apóstolos se reuniram para escolher um substituto para o seu bispado. Disso deduzimos que o colégio apostólico não poderia permanecer com onze irmãos apenas. Aí se apresentaram dois e o Senhor foi consultado para saber qual seria o escolhido. Então, também não poderia ser treze. Até esse ponto somos levados a crer que teríamos um número permanente de doze apóstolos, não fossem os requisitos que foram exigidos daqueles irmãos que voluntariamente se apresentaram para aquele ministério: o de ter conhecido o Senhor Jesus. Aqui está a base da tese de que o colégio apostólico se extinguiu. Seriam eles todos crentes que testemunharam a obra de Jesus Cristo na terra. Concluimos, portanto, que hoje não há mais o cargo de apóstolo.

No entanto, a falta da figura do apóstolo se faz sentir nitidamente hoje em dia. Aquela mensagem - ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura - se faz tão necessária hoje como nos tempos bíblicos. Muitas denominações cristãs tem utilizado de um nome quase sinônimo de apóstolo para designar pessoas para esse mister: o missionário. Apóstolo se traduz por enviado, embaixador. Portanto, missionário. Outras tem delegado essa função aos irmãos do ministério em geral.

Lembramos, no entanto, que os livros do Novo Testamento fazem um rol de dons que Deus coloca no seio da Igreja. São apóstolos, profetas, doutores... Essa passagem nos traz o entendimento de que, assim como nos tempos do Antigo Testamento havia a figura estabelecida do profeta e hoje existe apenas o dom da profecia, também os apóstolos: não há mais o cargo de apóstolo, mas o dom permanece vivo. Qualquer homem de Deus pode ser agraciado por Ele com o dom de apóstolo, de enviado. Aquele irmão que sente a direção de Deus, entende a Sua voz, e põe-se a caminho a fazer a vontade do Pai. Os frutos de salvação são testemunhos da veracidade da guia divina. Essa Guia não morrerá nunca. Há muita gente faminta da Verdade Eterna espalhada pelo mundo. A Graça que recebemos se estende a todos os que a aceitarem.

terça-feira, 21 de julho de 2009

comentário O CAMINHO

Postei ontem uma definição de Caminho no contexto bíblico segundo o vocabulário anexo à Bíblia na Linguagem de Hoje, primeira edição, da Sociedade Bíblica do Brasil. O que me motivou a fazê-lo foi a lembrança de que não se fala mais, hoje, do Caminho do Senhor. Essa expressão foi preterida em favor de outras como a Obra de Deus, o Evangelho, a Igreja etc. Talvez devido a algumas críticas de pessoas ligadas a denominações novas, que sustentavam a posição de que apenas Jesus é o Caminho. Mas isso é lamentável. Particularmente, considero que usar as expressões bíblicas é uma segurança para nós de que não nos estamos afastando da doutrina que a igreja primitiva recebeu do Senhor e de seus apóstolos. Afinal, sem o Senhor Jesus nada podemos fazer de perfeito. Nele está a sabedoria, a força e o reino, a Ele damos toda a glória. Temos que ser um com Ele, assim como Ele é um com o Pai. A Comunhão no Espírito. Hoje, quando dispomos da Bíblia Online com buscador de palavras instantâneo, não há mais motivos para essas discussões. Ou está escrito ou não está. Certo é que devemos considerar as diversas traduções. Temos como referência a tradução de Almeida revista e corrigida,mas não desconsideramos as outras, a não ser algumas poucas que ousaram a substituir palavras importantes por outras não equivalentes. Que a paz de Cristo permaneça em nossos corações para a vida eterna.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

CAMINHO

Caminho ou Caminho do Senhor - Nomes dados à religião dos primeiros cristãos e ao seu modo de vida (Atos 9.2; 19.9; 22.4). Vocabulário de A Bíblia na Linguagem de Hoje, SBB, 1992.